AMOR
Ainda sinto em mim o teu carinho,
Teu jeito de chegar devagarzinho
Trazendo-me um mundo de loucuras...
Deixando viajar o pensamento,
Vivendo a intensidade do momento
Promessa das mais doces aventuras...
E então, tu me alcanças pelos braços,
E fazes-me prisioneiro em teus abraços
Com toques de paixão e de ternura...
Levando-me às fronteiras da loucura...
E pousas tua boca em meu regaço,
E fazes do meu ser um só pedaço
Que beijas com prazer e lentidão...
Suave como a paz da doce brisa,
Percorres minha pele branca e lisa,
Bebendo-me inteiro em tua paixão...
E deixas que o calor dos lábios quentes
Se mesclem à urgência dos teus dentes,
Na fome que arrepia e que fascina...
E pedes que eu te mostre o meu caminho
Que segues, ansiosa, de mansinho,
Num lento devorar que me alucina...
Demoras, e eu te peço, entre gemidos,
Que venhas saciar os meus sentidos,
Que todo o teu calor, então eu tome...
Num lento escorregar, enfim te deitas
E a minha ansiedade, então aceitas,
Cobrindo com teu corpo a minha fome...
Num lento acelerar tu me alucinas
E com sofreguidão, então me ensinas
A arte de entregar-me ao teu fascínio...
E deixo que a paixão domine a mente,
Deixando-me vivê-la intensamente,
Vencido, me entregando ao teu domínio...
E quando teu desejo, enfim, se acalma,
Tu buscas lá no fundo de minh'alma
A paz para descansar, num abandono...
E deixo que repouses em meus braços,
Velando, silencioso, os teus cansaços,
Beijando-te, feliz, antes do sono...
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Por onde ando